Olá pessoal!
Agora pouco, trabalhando e observando um casal e sua discussão cheguei a uma conclusão: nós, homens e mulheres, somos os animais mais imbecis de que já tive notícia. Isso porque não somos capazes de nos olhar e enfrentar nossas dúvidas, inquietações e, via de regra, preferimos fugir das perguntas que fazemos intimamente. Além disso conclui outra coisa assustadora: pessoas perturbadas são sempre mais coerentes e interessantes, infinitamente mais legais e sinceras - mesmo as muito perigosas.
Estava ouvindo o disco Quartinho (que faz parte do álbum Dois Quartos) da Ana "Gritolina" e tem uma canção em que ela foi a um hospício gravar depoimentos de pacientes para incorporar em seu trabalho, conseguindo coisas para mim fantásticas, tais como:
"... Eu quero uma Carta é de Euforia ..."
"... Meu, cê é muito louca, tenho medo de ti ..."
"... Gente, eu sou a luz, a luz, a luz ..."
"... Olha pra mim meu bem. Eu sou super famosa agora!"
Enfim, coisas que gente insana diz mesmo.
Aí parei e me perguntei se eles é que são muito loucos porque ao invés de amadurecer preferiram se afundar na fantasia ou nós é que perdemos o ludismo com o passar do tempo. Sim, porque já cheguei à conclusão de que esse mundo e essa vida que a gente leva é pura ficção, construção mesmo, realidade virtual ou o termo que você preferir e que exatamente por isso é que não conseguimos nos olhar no espelho e responder o que nos assombra e que lá no fundo tem resposta para tudo, absolutamente tudo o que perturba nosso mundinho e ameaça nossa normalidade. Afinal como pode se achar e se intitular como saudável quem não consegue encarar a si mesmo e aos que o cerca?
É por isso que sempre que alguém me pede conselho sobre situações delicadas eu sempre dou o que a pessoa está inclinada a não fazer porque, para mim, a gente só quer ouvir o que não tem coragem de fazer, como comer gente comprometida, sair de casa, sumir, abandonar emprego, faculdade, mandar a família a merda, assumir que é ateu e chocar sempre. Porque legal é impacto e não queda amortecida.
Abraços do Lucas, o mais Franco.
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