quinta-feira, setembro 20, 2007

A poesia está aí


Olá pessoal!

Eu sempre me pergunto quantas pessoas lêem isso e não consigo me privar de dar uma risadinha. Bem, hoje resolvi escrever porque estava conversando com uma garota da Psicologia que reclamava que está amando alguém que não queria ou não podia (confesso que não prestei muita atenção) e que acabara a pouco com uma história na qual ela podia e devia amar o outro alguém. É, sei que está confuso. Mas é mesmo!

Semana passada estava conversando com um amigo que faz Administração, não gosta do curso e quer mudar para Comunicação. Disse primeiro que queria fazer Cinema, depois que curte tratamento de imagem e depois que pensa em Marketing.

Tempos atrás me peguei conversando comigo mesmo e cheguei a uma conclusão assustadora e libertadora ouvindo uma música de Jobim que se chama "É preciso perdoar". Quem nunca ouviu que ouça. Aconselho duas versões: Caetano e Cesária Évora ou Tom Jobim e Gal Costa. No meu caso, obtive a luz ouvindo a primeira.

Outras situações me fazem pensar muito nessas questões. Por exemplo, quando minha mãe (neurótica como toda pessoa saudável deve ser) tentava a todo custo me fazer gostar de me exercitar e eu sempre recusava. Por outro lado ela também não teve muita atenção com as minhas aspirações. Sempre tentou me moldar a imagem e semelhança do que ela achava que eu deveria fazer, gostar, agir, entre tantas outras coisas. E muito disso foi culpa minha, uma vez que eu também neurótico alimentei essa situação. Enquanto ela queria um jovem saudável, amistoso, legal e enturmado eu era essencialmente sedentário, cansado da minha condição de adolescente interiorano, chato e anti-social (não gostava de absolutamente nada que fosse do universo da minha geração). Detestava e ainda detesto Legião Urbana, Shakira, Guns, Nirvana, academia de ginástica, calças largas, camisas cavadas, cabelos raspados, tatuagens e coisas do tipo. A diferença daquele Lucas para o de hoje é que acho que hoje consigo me relacionar melhor com tudo isso e até me divertir com os mais diferentes tipos. Enfim, consigo ver graça na diferença. Claro que ainda surto, xingo algumas pessoas e sei ferir quando quero, mas tudo sem culpa.

Ah! Sobre minhas respostas, vamos lá:
Para a amiga:

Olha, eu acho que você está muito equivocada, mas acho que todo mundo está muito equivocado. Ninguém procura o amor como se ele fosse um "all star" vermelho. Não é assim, não! Ele ocorre simplesmente. Esse papo de amo quem não devia e não amo quem devia é além de muito cafona, chato, classe média e a prova viva do que estou lhe dizendo. Isso é culpa da publicidade!
Para o amigo:

Eu já larguei faculdade e comecei outra. Sabe qual é a minha conclusão sobre isso? Faculdade é como Auto-Escola, ou seja, não te ensina a dirigir, mas te dá a licença. Posiciona você no mundo, difere de todos e te faz igual a muitos outros que fizeram as mesmas escolhas. No final das contas a gente faz para estabelecer relações e nada mais. Além disso, decida se quer Cinema, Web ou Marketing antes de largar sua Administração de Empresas. Mas eu ainda acho que deve terminar essa merda e se especializar em Marketing. Porque Cinema é brincadeira de gente rica e sensível e o fato de você ser gay não quer dizer que seja rico e/ou sensível.

Acho que de certa forma peguei pesado com os dois, mas fui muito, muito honesto. Penso cada dia mais que a melhor lição que podemos e devemos tirar da vida é mesmo saber engolir alguns sapos. Claro que não estou tentando incentivar ninguém a ser um "banana", mas apenas querendo me tornar um pouco mais tolerante diante da vida que é uma merda mesmo. Porque caso contrário só um trinta e oito, gás, vigésimo andar e mais o que nossa mente destrutiva possa imaginar. E podem me achar ingênuo, mas eu ainda vejo alguma poesia em existir. Digo poesia e não beleza porque a primeira inebria e a segunda ilude.

Abraços do Lucas, o mais Franco.



Um comentário:

Anônimo disse...

Cinema é brincadeira de gente rica

hahahahah
eh ne. dessa eu ja desiti...saudades de vc lucas.
bjo